domingo, 22 de abril de 2012

Pequeno Príncipe


Faz um bom tempo que você se foi, descumpriu a merda da tua promessa e mais uma vez se foi. De todos nossos reencontros, esse foi o que eu mais botei fé. O que eu mais acreditei na tua "mudança". Se já porque, a gente nunca passa de duas semanas. Nunca coloco expectativa nas coisas, mas depois de tantas frases ditas, promessas feitas e acontecimentos, eu achei realmente, que eu poderia colocar expectativas em você. Hoje, o que sobrou de mim, odeia as citações que mais adora de um livro chamado O Pequeno Príncipe, porque tua maldita imagem se forma na minha cabeça a cada frase lida desse livro. Hoje o pouco que restou de mim te leva em girias, pra poder ter a certeza de que um dia eu realmente te tive. Mesmo que tenha sido por pouco tempo, mas o bastante pra que eu possa ter pego teus hábitos e girias. Hoje eu odeio passar pelas ruas e ler os nomes dela, e lembrar de você, bêbado dizendo "Espera, aqui eu sei que é Tal e lá e Bla, mas e depois?". Eu odeio passar pela rua que você bateu o carro. Odeio passar pela delegacia que fomos parar e lá você disse "Fui buscar minha namorada e..." se referindo a mim. Mas o que eu posso te culpar né? Nunca fomos diferentes. Um dia eu li que pra nós nos entregarmos a alguém precisamos ser de nós mesmos... Mas você nunca vai se pertencer mais. E eu, pelo menos não agora, vou me pertencer. Portando nunca seremos um do outro. Apesar dos abraços e dos carinhos trocados (que me faze falta), nunca seremos "nós". Idiota fui eu que só porque escutei umas coisas e tomei umas atitudes tuas achei que dessa vez, alguma coisa iria acontecer. Não tenho raiva de você, eu sinto saudade e é tanta que mal sobra pra ter outro sentimento. Mas eu espero que você engula ela de uma vez por todas, que seja a pessoa mais feliz do mundo, e que vocês deem certo. Porque eu não te suportaria chegando mais uma vez. E como em todas as outras, indo. Caminhos tortos que sempre se encontram em momentos de carência, e que se separam quando ela se vai. São os nossos. Eu sabia, eu tinha na mente que tudo era passageiro. Então porque os dias tem se arrastados desde que se foi? Desde que sua presença não se é mais feita em meus dias? Você é um merda. Pra não dizer coisas piores. Porque hoje minha vida, ao voltar do curso é me lembrar das duas semanas nas quais eu mais tive vida no pulmão. A vida que eu não tinha a meses. E do mesmo modo que você a trouxe pra mim, você a levou. Doi entende? Essa sensação de solidão agora, quando eu estava indo tão bem sozinha. Eu disse que tinha medo de apostar todas as fichas quando eu tinha acabado de voltar a mesa, e acabar perdendo mais uma vez. Adivinhe só? Eu apostei, e perdi. Mais uma vez. Só mudou o adversário. Mas o que importa é que eu perdi. Eu não vou girar em torno disso por muito tempo. Eu ando até evitando falar sobre você sabia? E quando falo, falo com a maior naturalidade, que até parece que eu não to sofrendo um bocado por você. Se é que eu to sofrendo. Se é que tudo isso não é orgulho ferido e dor da partida. Aquela que passa, que é passageira. Quer saber... Nem eu sei direito o que tá acontecendo aqui dentro. Quando penso em você é turbilhão de pensamentos e sentimentos. Não só em você mas na vida por sí. Que na qual, metade de tudo o que eu faço tem alguma coisa sua. E o pior de tudo isso, é que pra você, eu não sou ninguém. Apenas uma lembrança vaga, de duas semanas na qual você encontrava no metro, no bar e iludia. Maldita duas semanas. Maldita festa na qual eu te conheci e por cagada minha fiquei com uma parte tua. Eu deveria te deseja um mal tão grande, mas eu não consigo. Eu espero que você seja feliz com ela, e no fundo eu to torcendo pra isso mesmo. Porque eu não quero ter você na minha vida de novo. Te desejo a felicidade. E me desejo a felicidade, porque a final, quem mais pode cuidar de mim se não eu mesma? Quem mais poderia se levantar por mim se não eu mesma? Você que não.

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" Pequeno Príncipe

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